O silêncio fala tanto. E Nesse meio em que a observação se encontra atenta, porém lotada de pré-conceitos sobre pessoas e coisas, é ali que o meu conforto se dá, no meio entre o silêncio e a observação. O silêncio na conversa com animais é o meu favorito, é silêncio de olhar, e olhar não dá pra enganar. Eu gosto de ser a menina que tenta entender tudo a volta, e me frustro por não conseguir entender tudo a volta. me relembro todos os dias de encontrar a felicidade nas coisas simples, como epicuro, de viver o hoje. E Hoje eu me sinto estranha, perdida no meu silêncio, meu pensamento se turva ao tentar canalizar tanta informação vinda dos axônios.
Ao se translúcidar. essa informação pode me levar a crer que eu gosto de ser só um fantasma, uma memória, uma lembrança, uma peça no quebra cabeça de alguém, assim eu posso viver bem com a minha solitude, no meu mundo estranho que só quem me compreende sou eu, e eu quero ser um quebra cabeça inteiro. Chega de deixar peças espalhadas por diferentes quebra cabeças, chega de tentar caber, chega de ser um quebra cabeça incompleto, chega de ser frouxa. Assim me levanto e começo a montar meu quebra cabeça com as peças viradas para baixo, imparcial e livre.
